Prece aos Anjos protetores

Quem sou eu . .

Meu nome é Nicia , sou ganhadora do 8º Prêmio do Concurso de
Poesia Espírita de 2007 no Centro Casa Branca do Caminho.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Prisioneiro da Liberdade

Em qualquer canto do mundo existe um poeta ou um mendigo, que quis atingir um fundo de poço na verdade do ser humano segue em beira de estrada, marginal de caminhos cruzados, um bêbado de pinga ou de vida, engolindo trago por trago toda miséria que viu.

Viu tamanho farrapo de homem, tantos restos de festa, tantas curvas de abismo, tantas pontas de nós.

Tantas vidas, que na verdade não são luzes, nem sombras, são apenas vidas. Viu um espelho que o que no lado reflete em imagens sujas e distorcidas os “fantoches do faz de conta”, em máscara e medo, viu tanto e tão certo, como nada existisse de certo no mundo.

Viu os sonhos que se fez e outros que perdeu.

Encontrou amigos perdidos e quase perdeu o maior deles – a fé – que faz do tempo, fragmento disperso menor que um sonho, maior que o mundo.

Foi aí que o tédio do caminho estercado, estagnado em força cega que não cria e não crê, escorreu aos poucos na sensação de inutilidade das coisas. Um vazio um horizonte amplo.

De tão livre, se fez em prisioneiro da liberdade.

Não era santo, nem louco. Era apenas um homem que sente. Pode ser encontrado nas noites, nos bares entre risos e amigos sinceros, na solidão noite escura, nos olhos de um filho, ou na estrada do sonho impossível.

Nicia 1977

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